O Director Geral do CISM, Francisco Saúte, visitou recentemente o Centro de Investigação em Saúde de Angola (CISA), localizado em Caixito, na província de Bengo, na região centro-norte do país. O director do CISM, foi recebido pela directora do CISA, Jocelyne Vasconcelos que conduziu a visita às instalações e ao Centro Materno Infantil das Mabubas, onde decorreram algumas actividades de assistência clínica e de vigilância de morbidade, implementadas pelo Centro.
Na ocasião, Vasconcelos explicou que o CISA que é actualmente gerido pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS) de Angola, foi criado em 2007 pelo Governo de Angola junto com a Cooperação Portuguesa e a Fundação Calouste Gulbenkian. “Desde então o CISA, tem contribuido através de evidências científicas para a tomada de decisão em saúde em Angola, tendo como principais pilares a recolha de dados, a investigação e a formação”, comentou a directora do CISA.
De acordo com a directora do CISA, o projecto
de criação do CISA tinha como objectivo funcionar como catalisador de
investigação biomédica em Angola, contribuindo para a resolução dos principais
problemas de saúde, através de investigação epidemiológica e clínica das
doenças mais prevalentes ou relevantes para a saúde pública em Angola.
“Desde o princípio, temos contado com o
contributo e apoio do CISM, crucial a instalação do Sistema de Vigilância
Demográfica (SVD). Mas também, a colaboração entre as duas instituições tem
sido boa para o nosso crescimento. Um dos exemplos, é o TESA. Este consórcio, que contribui para o reforço das nossas
capacidades de pesquisa, através do apoio e financiamento para aquisição de
equipamentos e ferramentas para os nossos laboratorios, como também, para
bolsas de formação”, vincou.
Acrescentou que TESA contribui para o reforço das capacidades de pesquisa,
através do apoio e financiamento para aquisição de equipamentos e ferramentas
para os laboratorios, como também, para bolsas de formação.
Conforme a investigadora do CISA, Claúdia
Fançony, a instituição publica anualmente uma média de 16 artigos
científicos e conta com cerca de 37 colaboradores. Actualmente, os estudos
estão centrados na malária, doenças tropicais negligenciadas, agentes
causadores de diarreias, doenças cárdio-vasculares, nutrição, determinantes de
saúde e saúde materno-infantil.
“Fiquei muito satisfeito por ver o crescimento que o CISA está registrar e acho que temos a oportunidade de trocar as nossas experiências e conhecimentos para aumentar o nosso contributo nos nossos países, na região e no continente africano em geral. Aqui somos chamados a ver os desafios comuns para juntos avaliarmos como podemos avançar. Por exemplo, podemos passar a concorrer para financiamento de alguns projectos implementáveis tanto em Angola como em Moçambique”, comentou o Director do CISM.
A visita do Director do CISM, antecedeu a Reunião Anual do TESA (Trials of Excellence in Southern Africa) que decorreu nos dias 17 e 18 de Novembro, na capital de Angola, Luanda. Este consórcio, conta com cerca de 15 instituições membros, provenientes de 9 países africanos e 3 europeus e, é financiado pela European and Developing Countries Clinical Trials Partnership (EDCTP) e encontra-se na sua 3ª fase de implementação.
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