Digitalização do país é um processo irreversível -diz Mateus Magala, o Ministro dos Transportes e Comunicações
A digitalização dos serviços é um processo irreversível no país e constitui um dos cinco pilares definidos pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, no âmbito da sua governação. O sector das comunicações é o impulsionador deste processo, garantindo a funcionalidade de outros sectores, e reduz a burocracia na provisão e procedimentos para se aceder aos serviços públicos. Por isso, urge a necessidade de expandir e melhorar cada vez mais estes serviços e os sectores de telecomunicações e postais, para garantir a conectividade das pessoas.
Este posicionamento foi defendido pelo Ministro do
Transportes e Comunicação, Mateus Magala à margem da realização do XL Conselho
Coordenador do Ministério dos Transportes e Comunicações, que decorreu hí dias,
na cidade de Maputo, sob o lema “Transportes, Comunicações e Meteorologia,
promovendo a economia Digital e Mobilidade sustentável.
O Ministro explicou que o seu pelouro definiu cinco
pilares, nomeadamente transporte público de passageiros, segurança
rodoviária; desempenho dos Corredores de Desenvolvimento; reestruturação das
empresas do Estado no Sector dos Transportes e Comunicações; e digitalização do
País.
Acrescentou que o país e o mundo embarcaram no processo de
digitalização rumo à “Quarta Revolução Industrial”. Desta forma, este processo
é irreversível e determinante na reestruturação da economia e promoção da
inclusão e melhoria da vida dos moçambicanos.
“O nosso desafio é a expansão da rede e da qualidade dos
serviços de telecomunicações para responder, de uma maneira transparente, à
crescente demanda, ao mesmo tempo que melhoramos a promoção da segurança
cibernética para proporcionar um ambiente de confiança e segurança dos
utilizadores dos serviços de telecomunicações”, disse.
Desafios do processo de digitalização
Actualmente, alguns conceitos como telescola, telemedicina,
teletrabalho, balcão virtual, blockchain, internet das coisas,
inteligência artificial, computação quântica, realidade virtual, impressão 3D,
segurança cibernética e outros, já dominam o vocabulário e a prática dos
moçambicanos, no âmbito da digitalização do mundo, colocando um enorme desafio
para o sector.
No país há cada vez mais serviços digitais inovadores a
serem introduzidos no mercado por via de Startups. Neste
momento, a cobertura dos serviços de telecomunicações é de cerca de 75%,
beneficiando mais de 50% da população, dos quais apenas 23% têm acesso à
internet, não só de se expandir o acesso a estes serviços, como também de se
investir mais na melhoria de qualidade de serviço.
Existem ainda diversos serviços do governo digitalizados,
dentre eles o e-Sistafe, e-BAU, e-CAF, incluindo o sector financeiro
(e-banking, banca móvel, etc.). Por causa destes serviços, há registo de mais
de 200 milhões de transações mensais nos serviços de pagamentos digitais.
Para melhor responder aos desafios da digitalização,
segundo o Director Nacional das Comunicações, Horácio Parquínio, existem
determinadas acções que devem ser levadas a cabo.
A curto prazo, dever-se-á: i) mapear as
Infra-estruturas e Serviços de Telecomunicações, ii) garantir a conclusão de
avaliação sobre a necessidade de lançamento de um Programa Espacial Nacional;
iii) expandir a cobertura dos serviços de Banda Larga, através do Projecto
“Energia Sustentável e Acesso à Banda Larga nas Zonas Rurais”; e iv) promover a
implementação do Projecto de Cabo Submarino 2 em África.
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