O Governo de Moçambique e a União Europeia (UE) reafirmaram na terca-feira, 6 de Dezembrro de 2022, o compromisso “numa parceria profunda”, destacando “o reforço do diálogo político, tendo em conta a posição de Moçambique como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.O lugar rotativo vai ser ocupado a partir de 1 de Janeiro, por um mandato de dois anos.
A posição foi expressa após o 32º Diálogo
Político que juntou as delegações em Maputo, lideradas pela ministra dos
Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, e pelo
embaixador da UE, Antonino Maggiore.
No final, os compromissos passaram pelo
“aprofundamento da parceria na dimensão económica, tirando proveito das
oportunidades do Global Gateway e da preparação do Fórum de Negócios Moçambique
– União Europeia, previsto para 2023”, lê-se em comunicado conjunto.
O diálogo político serviu também para sublinhar
“o apoio à consolidação democrática em Moçambique no contexto do próximo cíclo
eleitoral e a necessidade de materializar as recomendações deixadas pela Missão
de Observação Eleitoral da UE após as eleições de 2019”, com “respeito pelo
espaço cívico”.
As duas delegações acordaram ainda “uma maior
acção no sector do género e juventude, em alinhamento com as prioridades do
Programa de Cooperação Multi-anual da UE em Moçambique”, a par de “uma
abordagem integrada da UE em Cabo Delgado e norte do país (assistência
humanitária, segurança e construção da paz e desenvolvimento)”.
O Conselho Europeu anunciou na quinta-feira um
apoio de 20 milhões de euros às Forças de Defesa do Ruanda na província de Cabo
Delgado, que combatem a insurgência armada na província ao lado das tropas
moçambicanas.
A decisão esteve em foco no encontro, que “saudou
o trabalho da Missão de Formação Militar da UE (EUTM Moçambique) e também a
assistência ao país no contexto do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, de que
Moçambique é o maior beneficiário em África”.
A sessão de Diálogo Político de ontem, sucedeu a
outra realizada em Junho.
Moçambique e UE reconheceram “a seriedade da guerra
na Ucrânia e suas consequências globais e concordaram na necessidade de se
respeitar a ordem internacional baseada em regras, nos termos da Carta das
Nações Unidas”.
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